sábado, 25 de fevereiro de 2012

Memória Aglutinada

O Bolor abre espaço para um Relato Artisco com Thiago Balbino, que conta um pouco do que tem feito.


As revistas que eram de outra parte do mundo e me chamaram, quando soube que eram de Graça fiquei mais animado ainda, recolhi o Maximo de exemplares que pude e retornei para o trabalho havia iniciado. Agora com algumas novas idéias recortadas e coladas de momentos em que se brincava com tesoura e papel.“-. A força das cores quentes que sempre se fazem presentes nas recordações e ações atuais.”


Tracei um comparativo entre o papel colorido homogeneamente e as texturas fotográficas das revistas. A diferença de tratamento entre os dois tipos de papel foi um ponto interessante que consegui explorar e entender um pouco mais.Quando se retoma a uma prática que há algum tempo não experimenta algumas lacunas se esfumaçam no tempo, e a prática se torna de nova descoberta. Com tudo a força do fazer solidifica as idéias e novas pegadas são traçadas sem encobrir as antigas.
O comparativo entre trabalhos com colagens de tempos passados foi inevitável, e as modificações se datam por momentos da vida diferenciados, em meses anteriores os espaços não se continham, em todo o canto se via as formas e cores dos recortes, nesta retomada recente pude notar um planejamento consciente, daqueles que a gente sente quando sabe que já passou por alguns bons momentos naquela tarefa e esta bem para agir. Gosto muito e respeito os antigos trabalhos de colagem que fiz, decifrando o passado e o referenciando pude extrair muito aprendizado, com um gesto despreocupado pude ler simplicidade e movimento. A força das cores quentes que sempre se fazem presentes nas recordações e ações atuais.

(Bola de Gude - 2010, Acrílica e colagens)


Os resultados desta retomada da cola, tesoura e papel foram muito satisfatórios, as formas organizadas fazem esse contraponto com a força gritante do passado sem perder energia, na verdade enxergo que os dois momentos distinto das produções foram determinantes para estas Leituras e interpretações. Não vejo nem uma com sendo ultrapassada ou que foi algo que não retorna, vejo sim múltiplas formas que fazem todas parte de um coletivo , são todas “argamassa” de construção de tudo o que pode vir, podendo retorna muitas vezes em seus infinitos formatos.

(Gentilizas01,02,03 -Fev.2012,Canetas Coloridas,colagens e acrilica spray)